
Isaias 41.7 “O Artesão encoraja o
ourives, e aquele que alisa com o martelo incentiva o que bate na bigorna. Ele
diz acerca da soldagem: “Está boa”, para que não tombe”.
Introdução
A bigorna é uma ferramenta utilizada por ferreiros,
ferradores e cuteleiros, em caráter manual. Os chamados "moleiros"
(no Brasil) também a utilizam para consertar molas de veículos automotivos –
não confundir com moleiros tradicionais. A bigorna é usada
para moldar e fabricar ferramentas, facas, grades e inúmeros objetos,
aquecendo-se o ferro forjado até atingir o nível de calor denominado rubro, no
qual o metal fica bastante elástico e pode ser trabalhado com pancadas fortes e
constantes de diversos tipos de martelos. A maioria das bigornas possuem dois
furos: um quadrado, para o encaixe de instrumentos de corte e moldagem, e outro
redondo, utilizado para se fazer furos em chapas relativamente finas. Foi largamente usada até o fim do século XIX por
ferradores (de cavalos) e ferreiros em geral, principalmente os especializados
em armas (ferreiros-armadores), que confeccionavam espadas, machados, lanças,
escudos, malhas e armaduras. Atualmente caiu em desuso comercial devido a
processos industriais de fabricação, porém ainda é utilizada por artistas e
escultores, em trabalhos específicos de reparo e como passatempo. Fonte (http://pt.wikipedia.org/wiki/).
O texto que referimos anteriormente no
livro do profeta Isaias 41.7, nos relata a situação de um grande conflito que
Israel passaria, no qual o rei Ciro atacaria a Israel. Em vez de se voltarem
para o Senhor, quando viram o seu ungido Ciro se aproximando para o ataque, a
nação israelita se voltou para outros deuses em busca de socorro e fizeram mais
ídolos, por isso esse ataque foi consentido pelo Senhor Deus, a fim de que o
povo de Israel buscasse a presença do Deus verdadeiro e se arrependessem de
seus pecados.
Mas hoje tenho o desejo de falar sobre
a necessidade de sermos forjados na bigorna da graça, todos os dias de nossas
vidas. A Bigorna nos lembra de peso e resistência e até mesmo morte, ela é um
símbolo.
1º
Todo dia o Senhor esta trabalhando em nosso caráter (Peso).
Segundo
Alan Brizotti, “Moisés teve de enfrentar as inconstâncias do povo. Em Números
20.1-13, o povo está em Meribá, um lugar sem água, e imediatamente passa a
lembrar do Egito. Moisés fala com Deus, e o Senhor manda-lhe pegar a vara para
ajuntar o povo e ordenar à rocha que dê água. Moisés, então, fere a rocha, o
que provoca a ira de Deus. Ele precisava fazer outra descoberta: o povo se
apega facilmente a símbolos. Com aquela vara, Moisés tinha feito o mar se abrir
(Êx 14.16), tinha tirado água de uma rocha em Refidim (Êx 17.1-7), na presença
de Faraó tinha ordenado a Arão que a lançasse ao chão, e ela se tornou em
serpente, e ainda engoliu as serpentes dos feiticeiros de Faraó (Êx 7.9-13). O
povo estava fixado na vara, perdendo Deus de vista. O que Deus queria ensinar
ao povo era que o poder pertence à ELE, não estão nos milagres. Sinal vicia em
sinal. Deus disse a Moisés que aquele ato de falar à rocha o “santificaria
diante do povo” (Nm 20.12). Era preciso desmistificar a vara, olhar para Deus”.
Foram 40 anos no deserto, o povo de
Israel foi levado sendo moldado a cada dia, mas a primeira geração dos que
saíram do Egito, mesmo vendo os milagres que o Senhor realizava, foi reprovada
e somente Calebe e Arão e a segunda geração que saiu do Egito entraram na terra
prometida.
2ª Trabalha em nossa resistência
Êxodo 17.12,13. “Ora as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a
puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam lhe as
mãos, um, de um lado, e outro; assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr do
Sol. E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo a fio de espada”.
Olha a graça de Deus neste momento, um
homem velho é que Deus usa para abençoar Israel para triunfar na guerra. Deus
estava chamando atenção de ISRAEL para uma realidade maior e suprema. “Olhem
para Moisés: fraco e cansado! O poder para vencer essa batalha não vem dele,
mas de Deus”. É poder que se aperfeiçoa na fraqueza (II Coríntios 12.9) “Então, ele me disse: A minha graça te
basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Dele boa vontade, pois, mais
me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”.
3ª Trabalha em nossa morte
Quando o ferreiro pega o metal para trabalhar, esse metal
é o um elemento morto, sem contorno e sem forma, e esse elemento passa a ter forma
quando é moldado na bigorna. Assim deve
ser as nossas vidas na presença do Senhor, precisamos morrer para o mundo, a fim de que Cristo Jesus
possa trabalhar em nossas vidas. Ele faz o que é necessário para nos moldar conforme
a sua vontade. Nada melhor do que citar o Apóstolo Paulo em Filipenses 1.21 “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o
morrer é lucro”.
Observamos também em GALATAS 2.19-20 “Porque eu, mediante
a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado
com Cristo. Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim”.
Conclusão
Mais que deixar O Senhor nos forjar na sua graça é
necessário buscar o quebrantamento em nossas vidas, para que ele possa nos
conduzir mediante a sua vontade. Não podemos ver os seus milagres e ser
ingratos diante do nosso Deus.
Nossas vidas devem ser conduzidas por
sua mão, sua vontade e a sua lei é o seu amor por nós.