SEGREDOS PARA UMA VIDA FINANCEIRA

MARCOS 12.41-44

“E sentando-se Yeshua defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que valiam um quadrante. E chamando ele os seus talmidim, disse a eles: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; Porque todos deram daquilo que lhes sobrava; da sua pobreza, deu tudo o que tinha mesmo todo o seu sustento.”

         Para falar sobre vida financeira eu preciso falar sobre dinheiro, o emprego de moedas foi introduzido no Antigo Oriente Próximo no séc. VII a.C. Antes disso e em certos períodos posteriores também, era utilizada a troca. Nas transações mercantis, eram usados ouro, prata ou cobre (Genesis 23.15-16, “Meu senhor, ouve-me, a terra é de quatrocentos siclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta a tua morta.
E Abraão deu ouvidos a Efrom, e Abraão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, corrente entre mercadores.”
2 Samuel 24.24 “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.”). Os judeus conheceram, durante o seu exilio na Babilônia, a moeda n a qual a efígie de Dario I, rei da Pérsia, era gravada. No tempo do NT, circulavam na Palestina moedas de três fontes: de Roma, de Antioquia e de Jerusalém. Os cambistas do templo são mencionados nos Evangelhos, onde também são mencionadas algumas moedas antigas, como o quadrante (cinco réis), porém não o shekel, a moeda judia que, junto com a “dracma” grega e com o denário romano (dinheiro) era de uso comum. Vejamos o que tem nessa passagem da viúva pobre que pode nos oferecer de edificação.

1ª) Ofertar sem ser notado

● As pessoas ofertavam como exibicionista

● Ostentação substantivo feminino “ato ou efeito” “alarde”, “exibição de louvor” no latim “ação de mostrar, de dar a ver”.

● Orgulho substantivo masculino sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra. Sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio, arrogância, soberba.

2ª) Ofertar com simplicidade

● A palavra “pobre” no texto grego é ptochos e é usado para designar um indigente em vez de um mero camponês; a mulher era indigente.

● Não é necessário ser pobre para oferta com simplicidade (Exemplo disso é que essa semana um diretor de Recursos Humanos chefe do meu chefe que é Gerente  de Recursos Humanos, ele veio conhecer a unidade nossa pois havia acabado de assumir a nossa regional, e de costume foi pedido lanches especiais, para o café da manha e lanche da tarde, mas em uma reunião que ele havia solicitado para o restaurante, ele pediu que não queria ser tratado como diferente de ninguém queria tomar café com todo mundo e almoçar com todos. Definindo assim o valor que temos que ter simplicidade.

● Cada um da aquilo que tem e que pode oferta ao Senhor nada que possa fazer sofre sua família.

3ª) Ofertar com tudo que mais importa

● Preço da oferta “duas pequenas moedas, que valiam um quadrante.”(tratava-se de um lepton, que era a menor moeda de cobre Grega, sendo seu valor atual o equivalente a aproximadamente um dólar, quando muito, em moeda corrente de 2003.) Em algumas traduções bem como Almeida Revista e Atualizada, trazem o nome de gazofilácio, Refere-se aos treze receptáculos em forma de trombeta colocados nas paredes do pátio das mulheres, onde eram colocadas ofertas e donativos ao templo.

● O que faz falta. Parece ser pouco, mas era tudo que ela tinha e deu com seu coração quebrantado diante de Deus não esperando algo que viesse retribuir o que ela tinha oferecido diante do Senhor. A palavra certa aqui seria de “todo o seu sustento, Significava que ela não comeria até que ganhasse algo de novo. A viúva exemplificou a verdadeira oferta sacrificial.”

● Oferta com empatia (sentindo a necessidade). O seja fez com amor tendo consciência que era agradável ao Senhor dar com amor.

4ª) Ofertar com amor e o reconhecimento vem Deus.

● Deu só para Deus ver. Não espere reconhecimento dos homens diante da sua oferta ou serviço, saiba o que é puro e verdadeiro isso permanecerá.

● Jesus reconhece a oferta quebrantada. Na tipificação de Deus o próprio Jesus reconhece a grandeza da oferta que aquela viúva tinha acabado de depositar diante do Yahweh.

● Jesus declara para os Discípulos serem testemunhas. As nossas ações trará testemunhas sempre independe que seja positiva ou negativa diante do evangelho da Cruz.

         Poderia falar sobre ser dizimista, mas todos nós já sabemos sobre a razão de ser dizimista que é um ato de ser fiel e repreender o devorador, mas oferta é um ato de amor que vai além de suas obrigações. Observamos a vida de Jó que foi restaurada a sua prosperidade simplesmente, pois ele foi fiel, em todos os momentos bons e ruins. Temos que ter esses exemplos cravos em nossos corações. Não podemos viver no extremo sem nada, mais não podemos viver alienados e leigos no ato de oferta sacrificial a Deus.

Ev. Leandro Ricardo Ribeiro Dos Santos Souza