Salmos 02
Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo:
3 Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.
4 Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.
5 Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.
6 Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
7 Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.
8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão.
9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.
10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra.
11 Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor.
12 Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.
Podemos chamá-lo de SALMO DO MESSIAS, O PRÍNCIPE, pois apresenta, como se fosse
uma visão maravilhosa, o povo tumultuado contra o ungido do Senhor, o propósito
resoluto de Deus de exaltar seu próprio Filho, e o reinado final desse Filho
sobre todos os seus inimigos. Recordemos com o olho da fé, vendo, como num
espelho, o triunfo de nosso Senhor Jesus Cristo sobre todos os seus inimigos.
Louth fez os seguintes comentários sobre este salmo: "O estabelecimento de
Davi sobre o seu trono, não obstante a oposição feita pelos seus inimigos, é o
assunto do salmo. Davi o mantém em dois planos, literal e alegórico. Se lemos o
salmo inteiro, primeiro com o olho literal de Davi, o sentido é óbvio, e se
situa acima de qualquer disputa com a história sagrada. Há mesmo um brilho
descomunal na expressão das figuras de linguagem, e a maneira de dizer é até
exagerada de vez em quando, como se fosse de propósito para sugerir, e
levar-nos a contemplar, os assuntos mais elevados e importantes que nisso se
ocultam. Depois deste aviso, se virmos o salmo, desta vez, relacionando-o com a
pessoa e os interesses do Davi espiritual, uma nobre série de eventos surge à
vista imediatamente, e o sentido se torna mais evidente, além de mais exaltado.
O colorido que talvez pareça muito ousado e gritante para o rei de Israel, não
mais parecerá quando colocado sobre seu grande antítipo.Depois de considerarmos com atenção os assuntos separadamente, se os considerarmos juntos, contemplaremos a beleza e majestade plena deste charmosíssimo poema. Perceberemos os dois sentidos muito distintos um do outro, mas que agem em perfeita harmonia, e mantêm uma semelhança admirável em cada aspecto e feição, enquanto a analogia entre eles é preservada com tanta exatidão, que qualquer dos dois pode ser aceito como o original do qual o outro foi copiado. Nova luz é lançada continuamente sobre a fraseologia, nova importância e dignidade são acrescentadas aos sentimentos, até que, ascendendo aos poucos das coisas inferiores para as superiores, dos afazeres humanos aos divinos, eles elevam o grande tema e, finalmente, o colocam na altura e resplandecência do céu."
Este salmo será melhor entendido se for visto como um retrato quádruplo. Nos versículos 1, 2, 3, as nações rugem; de 4 a 6, o Senhor nos céus caçoa deles; de 7 a 9, o Filho proclama o decreto; e de 10 ao final, aconselha-se os reis a concederem obediência ao ungido do Senhor. Esta divisão não é só sugerida pelo sentido, mas é garantida pela forma poética do salmo, que cai de forma natural em quatro estrofes de três versículos cada.
Salmo inteiro. Mostra-nos a natureza do pecado e seus terríveis resultados se pudesse reinar.
VERS. 1. Nada há que seja mais irracional do que a irreligião, a descrença. Um tema de peso.
As razões pelas quais os pecadores se rebelam contra Deus, declaradas, refutadas, lamentadas e arrependidas.
A demonstração culminante do pecado humano no ódio do homem para com o Mediador.
VERS. 1 e 2. Oposição ao evangelho, irracional e inútil.
VERS. 1 e 2. Estes versículos mostram que é vã toda a confiança no homem, no trabalho de Deus. Como os homens fazem oposição a Cristo, não é bom depositar nossa confiança na multidão por ser numerosa, nem nos sinceros pelo seu zelo, nem nos poderosos por sua aprovação, ou nos sábios por seus conselhos, visto que todos esses na maioria das vezes são contra Cristo em vez de a favor dele.
VERS. 2. "O maior julgamento
que já foi registrado" (Sermão de Spurgeon).
VERS. 3. O motivo real de haver oposição dos pecadores à verdade de Cristo, ou seja, seu ódio contra as restrições da piedade.
VERS. 4. Deus zomba dos rebeldes,
tanto agora como no além.
VERS. 5. A voz da ira. Um de uma
série de sermões sobre as vozes dos atributos divinos.
VERS. 6. A soberania de Cristo.
1. A oposição a ela: "Porém (ARA)."
2. A certeza de sua existência: "Eu mesmo estabeleci."
3. O poder que o mantém: "Eu estabeleci."
4. O lugar de sua manifestação: "Em Sião, no meu santo monte."
5. As bênçãos fluem dela.
1. A oposição a ela: "Porém (ARA)."
2. A certeza de sua existência: "Eu mesmo estabeleci."
3. O poder que o mantém: "Eu estabeleci."
4. O lugar de sua manifestação: "Em Sião, no meu santo monte."
5. As bênçãos fluem dela.
VERS. 7. O decreto divino a
respeito de Cristo, ligado aos decretos de eleição e providência. Jesus
reconhecido como filho de Deus.
Este versículo nos ensina a declarar fielmente, e a reivindicar humildemente, os dons e chamado que Deus nos conferiu (Thomas Wilcocks).
Este versículo nos ensina a declarar fielmente, e a reivindicar humildemente, os dons e chamado que Deus nos conferiu (Thomas Wilcocks).
VERS. 8. A herança de Cristo
(William Jay).
A oração indispensável: Jesus precisa pedir.
A oração indispensável: Jesus precisa pedir.
VERS. 9. A ruína dos maus. É
certa, irresistível, terrível, completa, irreparável, "como uma vasilha de
oleiro".
A destruição de sistemas de erro e opressão que é esperada. O evangelho é um bastão de ferro capaz de quebrar vasilhas feitas pelo homem.
A destruição de sistemas de erro e opressão que é esperada. O evangelho é um bastão de ferro capaz de quebrar vasilhas feitas pelo homem.
VERS. 10. A verdadeira sabedoria,
digna para reis e juízes, se acha em obedecer a Cristo.
O evangelho é uma escola para aqueles que querem aprender a governar e julgar bem. Eles poderão considerar seus princípios, seu modelo, seu espírito.
O evangelho é uma escola para aqueles que querem aprender a governar e julgar bem. Eles poderão considerar seus princípios, seu modelo, seu espírito.
VERS. 11. Experiência mista. Veja
o caso das mulheres voltando do sepulcro (Mateus 28.8). Isso pode ser
apresentado como assunto muito consolador, se o Espírito Santo dirigir a mente
do pregador.
A verdadeira religião, um composto de muitas virtudes e emoções.
A verdadeira religião, um composto de muitas virtudes e emoções.
VERS. 12. Um convite sincero.
1. A ordem
2. O argumento.
3. A bênção sobre os obedientes (Sermão de Spurgeon).
Última cláusula - Natureza, objetivo e bênção da fé salvadora.
1. A ordem
2. O argumento.
3. A bênção sobre os obedientes (Sermão de Spurgeon).
Última cláusula - Natureza, objetivo e bênção da fé salvadora.
Fonte: Esboços Bíblicos de Salmos de C.H.SPURGEN
Ev. Leandro Ricardo Ribeiro Dos Santos Souza
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